Após a aprovação de 79,44% dos sócios para a venda da SAF do Vasco da Gama, a 777 Partners iniciou sua administração do clube nesta segunda-feira (8). Ainda são necessárias pequenas burocracias para que a SAF de fato opere formalmente, como a abertura de uma conta bancária e de um CNPJ. Só depois disso que ocorrerá a transferência dos ativos do futebol, funcionários e ações.
A expectativa dentro do clube é de que a 777 não invista em contratações nesta janela de transferências, que termina no dia 15 de agosto. No entanto, a empresa já lida com decisões importantes e de mais urgência, como a definição do treinador do clube – atualmente, o auxiliar Emílio Faro ocupa o cargo de forma interina.
Em relação à nova estrutura administrativa, o Vasco passa a fazer parte de um grupo global de clubes de futebol da 777, ao lado de Genoa (ITA), Standart Liège (BEL) e Red Star (FRA). O CEO da holding é Don Dransfield, ex-grupo City. Johannes Spors ocupará o cargo de diretor global de futebol destes clubes.
Mas quem ficará responsável diretamente pela administração do Vasco, pelo menos em tese, é o diretor-executivo de futebol Paulo Bracks, ex-América-MG e Inter, e o gerente de futebol Carlos Brazil. Este último não possui um cargo definido na atual gestão, mas devido à sua forte influência no clube, existe a expecativa de que ele permaneça.
Já Luiz Mello, que é CEO do Vasco, deve migrar em breve para a 777 Partners. Ele participou de maneira ativa na negociação com a empresa americana e possui afinidade com os executivos. O presidente do clube associativo Jorge Salgado e o 2º VP geral Roberto Duque Estrada devem ocupar duas cadeiras no Conselho de Administração do clube.
E os investimentos?
A promessa é de que o grupo invista R$700 milhões no Vasco pelos próximos três anos, além de assumir a divida de R$700 milhões do cruzmaltino.
Do valor total que se planeja investir, R$70 milhões já foram antecipados – em julho, o Conselho Fiscal do Vasco informou que o montante já havia sido totalmente usado. Ainda em 2022, é esperado que sejam injetados R$ 120 milhões no clube para contratações, pagamento de folhas salarias e ampliação e modernização do CT Moacyr Barbosa e do CT da Base Forte.
O investimento é garantido até 2026 – a partir de 2027, dependerá do desempenho esportivo do cruzmaltino, ou seja, de títulos e metas a atingir. Caso isso não aconteça, a empresa terá de manter o clube entre os cinco maiores orçamentos do futebol brasileiro.