Vasco pode ou não ter 7 estrangeiros no elenco?

A realização do Conselho Técnico do Campeonato Brasileiro da Série A de 2023 definiu, em acordo entre os clubes participantes, o aumento do limite de atletas estrangeiros relacionados a cada partida. A pauta, prevista para ser discutida e votada na reunião da última terça-feira (14), permitirá os clubes relacionarem sete atletas de outros países a cada jogo.

Entretanto, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) admite alguns problemas que, no futuro, podem interferir na atuação de jovens atletas das bases dos clubes. Tendo mais espaço para jogadores não nascidos no Brasil, os garotos que atuam nas categorias inferiores tendem a ter menos chances no profissional.

Veja também o que traz em texto o artigo 42 do Regulamento Geral de Competições da CBF: 

“Os Clubes poderão relacionar nas súmulas de cada partida até 5 (cinco) atletas estrangeiros, excepcionados os registrados como refugiados que, para efeitos das competições coordenadas pela CBF, equiparam-se aos atletas nacionais, sem nenhuma restrição de direitos”

Outra pauta levantada foi a possível diminuição de clubes rebaixados para a Série B. A princípio, a ideia foi aprovada pela maioria dos clubes que disputam a divisão e medida pode ser implementada ainda neste ano, caso CBF e clubes entrem em consenso.

Limite já era questionado por clubes brasileiros

Ainda assim, em 2013, quando eram permitidos apenas três atletas relacionados por partida que não nasceram no Brasil, os clubes, em conjunto, reivindicaram o aumento do número autorizado. Logo no ano seguinte, em 2014, passou-se a valer que cinco jogadores estrangeiros fossem relacionados a cada compromisso. A regra é válida até os dias atuais.

Veja lista de estrangeiros do Vasco:

  • Matías Galarza, paraguaio e meio-campista de 20 anos;
  • Luca Orellano, argentino e atacante de 22 anos; ‘
  • Puma’ Rodríguez, uruguaio e lateral de 25 anos;
  • Manuel Capasso, argentino e zagueiro de 26 anos.

Por fim, a medida pode causar um certo desvio de rota para possíveis e futuras negociações do Vasco, como também de outros clubes do país. Já rotineira no Brasil, as movimentações entre clubes nacionais e de outros países podem aumentar, se a regra realmente for mais expansiva para a partir deste ano.