O Clássico da Paz entre Vasco da Gama e América-RJ pode não ser um dos mais famosos do futebol carioca, mas também é recheado de história. Trata-se do único clássico histórico disputado por clubes com sede na zona norte do Rio de Janeiro.
Antes do Vasco da Gama criar sua agremiação de futebol, o América era o time carioca famoso por ter influências e raízes portuguesas. Os dois clubes passaram a se enfrentar no final da década de 1920 e no início da década de 30, e a rivalidade teria sido uma das principais contribuições para a pacificação do futebol carioca em 1937.
O nome “Clássico da Paz” foi dado pelo fato de este ter sido o primeiro clássico disputado após a pacificação das duas ligas até então existentes no Rio de Janeiro, por divergências políticas entre os clubes cariocas. Tal pacificação se deu por iniciativa dos então presidentes do Vasco, Pedro Pereira Novaes, e do América, Pedro Correia, que acabaram ficando conhecidos como “Os Pacificadores”.
E o nome foi reforçado por conta da disputa entre as duas equipes pelo Troféu da Paz, também conhecido como “O Camiseiro”. No formato “melhor de três”, o Vasco venceu a primeira partida por 2 a 1, em partida que marcou a estreia de Ademir no Vasco.
A partir desse momento, o jogo entre os dois clubes ganhou o apelido de Clássico da Paz. O América ganhou os dois jogos posteriores por 3 a 1, em 5 de setembro de 1937 e por 2 a 0, em 25 de agosto de 1938, e acabou conquistando o direito de ficar com a posse deste troféu.
Na história, 274 partidas entre as duas equipes foram realizadas. São 121 vitórias vascaínas, 71 vitórias americanas e 82 empates. O Vasco anotou 503 gols no Clássico da Paz, enquanto o América anotou 406, totalizando 909 gols.