As polêmicas que envolveram Edmundo e Romário juntos no Vasco

A dupla Romário e Edmundo marcaram época. Dois dos jogadores mais famosos e irreverentes do futebol brasileiro atuaram juntos em diversas oportunidades, mas neste texto, daremos ênfase no período em que os dois jogadores vestiram a camisa do Vasco da Gama, no ano de 2000.

Para contextualizar, Edmundo e Romário viveram uma grande amizade jogando juntos no Flamengo, em 1995. Mas no reencontro, cinco anos depois, a relação entre ambos já não era a mesma. A briga enorme entre dois egos gigantes acabou refletindo dentro de campo, com ambos atuando em uma sintonia menor do que se esperava.

O principal motivo da divergência foi justamente o “status” de ambos dentro do Vasco. Edmundo estava no clube desde 1997, e por conta das conquistas que teve neste período, se tornou o “Rei” do clube. E quando Eurico Miranda teve a ideia de trazer Romário para São Januário de novo, o Baixinho tentou roubar a coroa do Animal.

A briga entre os dois degringolou após o Vasco perder para o Corinthians na final do Mundial de Clubes daquele ano. Edmundo saiu de férias e, quando voltou, viu que Romário havia continuado no Vasco e ele tinha perdido espaço no clube, até mesmo a faixa de capitão.

Com isso, Edmundo começou a forçar a sua saída, faltando nos treinamentos durante semanas. Eurico tentou reverter a situação e convenceu Edmundo a ficar no clube. No entanto, em um jogo contra o Olaria pelo Campeonato Carioca, a situação explodiu.

Havia um pênalti para ser cobrado, e como Edmundo era o batedor oficial, ele pegou a bola e foi para cobrança. No entanto, Romário não o deixou bater e assumiu a batida. Na marca da cal, o Baixinho acabou desperdiçando a penalidade máxima.

No intervalo, Edmundo disparou para os jornalistas: “Quem manda é o homem (Eurico) lá, mas só eu que estava treinando os pênaltis. Mas quem manda é o homem. Se o homem quer que bata o príncipe (Romário), eu não tenho culpa”. Para piorar, o Baixinho, no fim do jogo, aproveitou para alfinetar: “Agora a corte está toda feliz: o rei, o príncipe e o bobo”, disparou.

A briga deixou o vestiário vascaíno insustentável. Após resultados ruins dentro de campo, Eurico tomou uma decisão para apartar os ânimos e emprestou Edmundo para o Santos, em julho de 2000. Romário continuou no clube e foi protagonista da conquista da Copa Mercosul e da Copa João Havelange (Brasileirão).