Como foi o Vasco da Gama na década de 50

A década de 1950 ficou marcada na história do Vasco da Gama como o “fim” do extraordinário período do Expresso da Vitória. Em 1953, o cruzmaltino comemorou seus últimos títulos da célebre fase. O primeiro deles foi o Quadrangular Internacional do Rio, seguido do Torneio Internacional do Chile.

No meio do ano, o cruzmaltino venceu de maneira invicita o Octagonal Internacional Rivadavia Corrêa Meyer, torneio de caráter intercontinental que contou com times europeus como o Hibernian, da Escócia, e o Sporting, de Portugal. O Vasco venceu o São Paulo por 2 a 1 na final, encerrando com chave de ouro a era do Expresso da Vitória.

A equipe base do Gigante da Colina já não tinha alguns dos craques da década de 40, mas já vontava com elementos mais jovens que teriam papel destacado num futuro próximo, como Bellini, Sabará, Vavá e Pinga. Em 1955, apenas Maneca, Dejair e o grande artilheiro Ademir foram os remanescentes do Expresso da Vitória. Ademir se despediria do futebol no ano seguinte.

O primeiro grande título do Vasco pós-Expresso foi o Campeonato Carioca de 1956. O cruzmaltino impediu o tetracampeonato de seu maior rival, o Flamengo, vencendo o torneio de forma antecipada após uma combinação de rodadas na última rodada. Vavá foi um dos grandes destaques da conquista.

Em 1957, o Gigante voltou a conquistar títulos internacionais em 1957, vencendo os Torneios de Lima e Santiago, na América do Sul, e do Torneio de Paris e da Taça Teresa Herrera, durante uma excursão arrasadora a Europa. Este último contou com uma histórica vitória contra o Real Madrid de Di Stéfano.

Em 1958, o cruzmaltino conquistou o Torneio Rio-São Paulo pela primeira vez em sua história, além do conquistar o notório Super-Super-Campeonato Carioca. Na época, o clube tinha a melhor defesa do país, composta por: Paulinho, Bellini, Orlando, Coronel e Barbosa no gol. Em contrapartida, Vavá deixou São Januário no mesmo ano, rumo ao Atlético de Madrid.

Vale ressaltar que, durante a década de 50, o Vasco alcançou dois recordes de invencibilidade internacional. O primeiro, de 29 partidas invictas disputadas no exterior. O segundo, de 34 jogos invictos contra equipes de outros países. Até hoje, esses recordes não foram igualados por nenhum clube brasileiro.