Irmã de Marielle Franco sai em defesa do Vasco; confira o que ela disse

Assumidamente flamenguista, irmã de Marielle Franco condena a interdição de São Januário e defende que o Vasco retorne ao seu estádio. A Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, demonstrou todo seu apoio ao clube cruzmaltino e prometeu enviar um ofício à Procuradoria Geral do Ministério Público do Rio de Janeiro.

Sou flamenguista – essa foto é de quando fui atleta pelo Vasco – mas preciso falar de algo que vai além do esporte: a interdição do Estádio de São Januário e o que isso escancara. O Estádio de São Januário, no Rio de Janeiro, é um patrimônio que vai além do Clube de Regatas Vasco da Gama e de seus torcedores, e sua interdição tem prejudicado sobretudo a geração de renda dos trabalhadores da região, que são majoritariamente pessoas negras e pobres. Após conflito entre torcidas, a justiça do RJ, a pedido do Ministério Público do Estado, interditou o Estádio de São Januário

Disse Anielle Franco

Manifestando-se contra o preconceito aos moradores da Barreira do Vasco, situada em São Cristóvão, no Rio de Janeiro, Anielle ainda afirmou que as ações dos órgãos público tomam cunho preconceituoso e racista.

Na decisão, apontou-se que a proximidade com a favela da Barreira do Vasco é um dos motivos para que não se tenha condições de segurança no estádio. Os órgãos de justiça não devem perpetuar em suas decisões ações e atos discriminatórios, fomentar a criminalização e racismo vai contra a nossa constituição e o dever do Estado brasileiro

Prometeu a Ministra

Anielle já vestiu o manto cruzmaltino

Em tempo, a Ministra afirmou que antigamente já até vestiu a camisa do Vasco. Ela era atleta da equipe feminina de vôlei do Gigante. Anielle finaliza sua fala lembrando da importância para a movimentação da economia na Barreira do Vasco para as pessoas que necessitam de recursos financeiros para se sustentarem através do trabalho nos dias de jogos com público em São Januário.

Fui atleta do Vasco e tenho um carinho pelo time. Tenho respeito pela história de um clube de origem popular e negra. Sou favelada e tenho o compromisso de trabalhar contra a criminalização das nossas favelas e do nosso povo. Esta decisão afeta a geração de renda e impacta toda a cidade. A Barreira é parte fundamental da alma do clube, é também dali as pessoas que trabalham em dias de jogos. O sustento de mais de 20 mil pessoas que moram na favela depende dos jogos do Vasco no estádio. O Observatório do Trabalho Carioca da Secretaria Municipal de Trabalho e Renda, constatou a queda 60% na receita do comércio da Barreira

Anielle ressalta a importância da reabertura de São Januário