Lateral Márcio Careca ficou com renda do jogo Vasco da Gama x Corinthians

A última década do Vasco da Gama ficou marcada pela enorme crise financeira sofrida pelo clube. E um dos episódios que mais escancararam as dificuldades sofridas pelo cruzmaltino neste período aconteceu em 2015, quando o já aposentado lateral Márcio Careca, ex-Gigante da Colina, ficou com parte da renda do jogo entre Vasco e Corinthians pelo Campeonato Brasileiro por conta de uma cobrança de dívida na Justiça.

O caso aconteceu quando o clube ainda se preparava para o confronto contra o time paulista. O clube perdeu cerca de R$ 8 mil com a penhora da bilheteria. O processo do ex-jogador aconteceu ainda em 2015. Márcio cobrava o valor da dívida trabalhista através de ação do advogado Rogerio Lanzoti, de São Paulo, que já havia tentado penhorar a premiação do título estadual de 2015, mas sem sucesso.

“O Vasco fez contato com meu escritório na tentativa de chegar a uma composição para se livrar de novas tentativas de penhora. Mas ainda não há nada concretizado de acordo. Precisa ser feita a homologação desse acordo, mas estamos costurando essa possibilidade de acordo”, explicou o advogado de Careca na época.

Cerca de uma semana após o episódio, o Vasco conseguiu chegar a um acordo com o representante de Márcio Careca e com a Justiça para suspender futuras penhoras sobre a dívida de R$ 340 mil do clube com o jogador.

Jogador ex-Vasco pede 8 milhões na justiça por erro médico

Se o caso de Márcio Careca ficou no passado, o Vasco ainda tem dor de cabeça com o ex-volante Marcelo Mattos, que está cobrando cerca de R$8 milhões na justiça por conta de um possível negligenciamento por parte do clube cruzmaltino durante um tratamento médico. Segundo o atleta, erros médicos no decorrer de um tratamento de uma lesão no joelho quando ele vestia a camisa do Gigante da Colina, atrapalharam a sua carreira. No total foram cinco cirurgias.

Segundo o documento usado na ação, os médicos do caso operaram Mattos prematuramente, mais especificamente dois dias após a lesão, fazendo com que o meia sentisse fortes dores no pós-operatório. Ele foi liberado para retornar aos treinos antes do tempo necessário para a recuperação. Voltou após quatro meses, sendo que o prazo mínimo são seis.

Segundo a perícia, o somatório destes eventos acabaram resultando em outras lesões que reduziram a mobilidade do joelhor do atleta. Além disso, o quadro pode ter desenvolvido depressão, vitiligo e artofibrose, sequelas alegadas pelo volante.

Além disso, o jogador também cobra mais de R$ 1 milhão em salários atrasados, três anos sem receber 13º e férias e a falta de depósitos de FGTS. Ele também alega que o clube cruzmaltino reduziu seu salário pela metade na última renovação.