Quando Eurico Miranda morreu?

No último domingo (12), a morte de Eurico Miranda, ex-presidente e cartola do Vasco da Gama completou quatro anos. Ele faleceu em um hospital na Zona Oeste do Rio de Janeiro, vítima de câncer no cérebro. Na época, Eurico estava no cargo de presidente do Conselho de Beneméritos do clube.

A trajetória do dirigente no Vasco da Gama começou aos 23 anos, quando ingressou no clube sendo Diretor de Cadastro, em 1967. Depois, se uniu a outros cartolas do Gigante da Colina para tentar eleger sua chapa na disputa pela presidência do clube.

Isso só foi acontecer no ano de 1986, quando Antônio Soares Calçada, eleito presidente, decidiu convidar Eurico para assumir o cargo de vice-presidente de futebol. Eurico aceitou o convite, porém exigiu que tivesse total autonomia na gestão do departamento, sem interferência externa.

A partir daí, o dirigente acumulou inúmeras histórias no futebol brasileiro, se tornando um dos cartolas mais icônicos da história do país. Eurico alcançou a presidência do Vasco em 2000, e permaneceu no cargo até 2008. Ainda retornou ao cargo em 2015, onde ficou por dois anos.

Relembre quando Eurico foi assaltado e levaram toda bilheteria de partida vascaína

No dia 27 de julho de 1997, o vice-presidente do Vasco, Eurico Miranda, virou manchete nos noticiários do país. Mas não foi uma manchete nos jornais esportivos, e sim, nos criminais. Na noite daquele dia, após a vitória do cruzmaltino contra o Flamengo por 1 a 0, Eurico foi assaltado quando chegava ao prédio onde mora, no bairro de Laranjeiras, Zona Sul do Rio de Janeiro.

Quatro homens vestidos como coletes da Polícia Civil e armados com fuzis renderam Eurico e seus quatro seguranças. Os criminosos teriam levado um montante de R$62 mil, que era parte da renda da partida que havia acontecido mais cedo.

Na época, a situação foi tratada como um grande absurdo, principalmente pelo fato de que Eurico estaria levando a renda do jogo para sua casa, ao invés de guardar no cofre de um banco ou do próprio estádio. No entanto, o presidente da SUDERJ, Raul Raposo, afirmou que aquela era uma prática comum entre os dirigentes cariocas.

Mas Eurico justificou a situação de outra maneira. Segundo o vice-presidente, o fato de ele estar com uma parte da renda do jogo foi uma coincidência. O dinheiro costumava sair do estádio em um carro-forte, mas Eurico disse que, como houve muita venda antecipada, não foi pedido o veículo.

Ainda de acordo com o vice-presidente, o pessoal da tesouraria do Vasco pediu que ele levasse o dinheiro para casa para entregá-lo hoje ao clube. Os ladrões levaram também uma pasta com documentos. “Achei abuso quando eles me mandaram descer do carro, afinal eu estava na porta da minha casa. Só depois percebi que era assalto” afirmou Eurico.