Torcida organizada do Vasco está de olho no assunto cannabis pelo STF

Criada no século passado, Torcida Organizada do Vasco está prestes a comemorar grande feito pelo Supremo Tribunal Federal. A Vasconha, que começou a ser ainda mais reconhecida no ano passado, quando o vascaíno e streamer Casemiro usou o boné da organização em uma de suas lives.

A Vasconha é composta por torcedores que, por algum motivo, fumam maconha. Mas, nem todos aqueles que participam da torcida optam por utilizar a droga. Muitos líderes e outras pessoas de extrema relevância dentro da torcida pedem, aos membros, que tenham consciência na hora de fumar em dias de eventos oficiais e jogos do Vasco.

É um primeiro passo para uma coisa maior. O processo é lento, mas esse ponto inicial tem que ser dado. Entendemos a responsabilidade que a gente tem, a voz que a gente tem hoje em dia. Queremos abraçar essa causa

Afirma Vinicius Santos, um dos diretores da Vasconha

Nesta quinta-feira (25), o STF retomará a discussão do julgamento que torna o porte pessoal como inconstitucional. Caso a ação seja revertida, o uso da erva, de forma individualizada, seria autorizado e regulamentada por lei, permitindo a diversificação de produtos comercializados pela torcida.

Hoje funcionamos como uma empresa de fato, temos departamentos, pagamos impostos, crescemos muito. Não nos enxergam mais como meia dúzia de maconheiros. Além do proibicionismo ser péssimo do ponto de vista social, a legalização abriria uma grande porta. Hoje precisamos pisar em ovos, para evitar processos, não cair em acusação de apologias. É um sonho, uma oportunidade econômica, o mercado ser regulamentado. Quem sabe um dia não abrimos uma coffee shop do lado de São Januário?

Complementou Vinicius

Maconha é contida em dias de jogos?

Um dos participantes da Vasconha relata ainda como os torcedores vascaínos que aderem o movimento procedem em dias de jogos e eventos da toricda. Em tempo, a Vasconha já teve até um dia de fama após o canal no YouTube ‘Peleja’ acompanhar o movimento da torcida em dia de jogo do vasco.

Evitar fumar em público a gente sempre evita. Tem lugares que precisamos ficar mais preocupados, em outros precisa ser escondido, mas o meu corpo e meu espaço não são o alvo nem o campo dessa guerra. A proibição não impede em termos práticos o meu consumo nem o de ninguém, é apenas uma ferramenta de perpetuação da desigualdade e racismo no país. O uso nas ruas a gente sabe bem onde é tranquilo e onde não é, sabemos de todo o preconceito e opressão que a desculpa do combate às drogas causa em determinados territórios.

Afirmou Lucas Abreu, componente e da Vasconha e radialista