O salão de troféus do Madureira recebeu a visita de grandes ídolos vascaínos para a despedida de campeão brasileiro pelo Vasco. Nelsinho Rosa faleceu vítima de uma infecção hospitalar na última terça-feira (16). O grande nome da história do Gigante deixa um filho e uma filha aos 85 anos.
Ex-treinador do Vasco e campeão brasileiro pelo cruzmaltino em 1989 deixará muitas saudades nos corações de cada cruzmaltino. Elias Duba, presidente do Madureira, contou um pouco mais sobre a convivência com Nelsinho ainda em vida.
Ele é um patrimônio do clube, uma das pessoas mais importantes da nossa história. Nelson foi e voltou do clube e agora volta nessa situação. Aqui ele foi campeão como jogador, treinador, multicampeão, como coordenador. Era um cara tranquilo e educado. Ele tinha o estilo do Paulinho da Viola, um cara tranquilo, que todo mundo gosta, não tem inimizade. Ninguém revelou mais jogador do que ele
Elias Duba, presidente do Madureira
Lazaroni, que contou com Nelsinho Rosa como seu auxiliar técnico na Copa do Mundo de 1990, dirigindo a Seleção Brasileira, marcou presença no velório do ex-jogador e treinador do Vasco.
Antes de tudo ele era um mestre. A simplicidade para fazer as coisas. Dava confiança para a direção de todos. Em 1989, tudo que aconteceu, ele foi o grande condutor, grande maestro. Dificilmente alterava o tom de voz para orientar a gente. Só tenho a agradecer por tudo que ele fez pela minha vida, pelo Vasco, pelo Madureira também
Lazaroni relembrou momentos com Nelsinho Rosa
Nelsinho participou de Copa do Mundo em 1990
Nelsinho Rosa ainda teve a oportunidade de agregar em seu currículo uma Copa do Mundo. Em 1990, à serviço da Seleção Brasileira, foi auxiliar técnico de Sebastião Lazaroni. No ano passado, participou de um documentário que contou sobre a comemoração dos 30 anos da estreia de Edmundo com a camisa do Vasco.
De temperamento sereno e voz mansa, Nelsinho era o treinador escolhido pela Parmalat para assumir o timaço do Palmeiras que terminaria bicampeão paulista e brasileiro em 1993 e 1994. Mas por questões de saúde – na ocasião, aos 56 anos, ele fez cirurgia de ponte de safena -, declinou do convite. O período mais vitorioso de Nelsinho como jogador foi com a camisa do Flamengo, entre 1962 e 1968, conquistando dois Cariocas (63 e 65), quando marcou 18 gols.