A trajetória de Juninho Pernambucano no Vasco da Gama

Confira qual foi a trajetória de Juninho Pernambucano dentro do Club de Regatas Vasco da Gama, já que ele é um dos grandes ídolos do time. A equipe carioca tem uma lista enorme de atletas que conseguiram fazer história vestindo a sua camisa, mas poucos acabam chegando ao patamar de Antônio Augusto Ribeiro Reis Júnior, mais conhecido mundialmente por seu apelido.

O jogador carrega uma vasta história no futebol brasileiro e também no francês, arrecadando títulos de expressão enquanto vestia a camisa de dois gigantes do mundo do esporte. Assim, com uma carreira de peso, vamos relembrar um pouco daquilo que o meio-campista, o Reizinho da Colina, viveu dentro do Trem Bala de São Januário.

Chegada de Juninho Pernambucano

Como a maioria dos torcedores e fãs do atleta deve saber, Juninho Pernambucano iniciou sua carreira em sua cidade natal, fazendo as categorias de base dentro do Sport Recife e se tornando profissional dentro da equipe em questão. No entanto, não demorou muito para que suas atuações chamassem a atenção de gigantes do país.

O time que conseguiu contratar ele, inclusive, foi o Vasco da Gama, após o meio-campista ser indicado, pelo zagueiro Ricardo Rocha, para Eurico Miranda, então diretor de futebol. Na ocasião, logo após chegar, fez sua estreia em jogos oficiais e, de cara, meteu um golaço em cima do Santos, na goleada por 5 a 3 na Vila Belmiro, começando com o pé direito, literalmente.

Destaque logo nos primeiros anos

Apesar do pouco destaque nos seus primeiros meses com a camisa cruzmaltina, o jogador não demorou muito a ganhar espaço e se destacar dentro do elenco. Em 1997, quando começou a era de ouro do Vasco da Gama, Juninho Pernambucano entrou em crescente e foi se tornando uma das peças principais da equipe, que já era liderada por Edmundo.

Naquele ano, inclusive, o atleta foi peça importante no elenco vascaíno que conquistou o Campeonato Brasileiro. Todo o seu destaque nos gramdos lhe rendeu reconhecimento externo, já que naquele ano a torcida já cantava o característico “Ei, ei, ei, o Juninho é o nosso rei”. Além disso, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ainda apontou ele como o melhor meia do torneio.

Títulos e mais títulos de Juninho Pernambucano no Vasco

No ano seguinte, no entanto, uma glória ainda maior seria alcançada, a eterna. Depois de conseguir arrecadar o Campeonato Carioca, o Vasco da Gama se preparou para a disputa da Copa Libertadores da América, que terminou da melhor maneira possível, com o título inédito do Trem Bala da Colina.

Juninho Pernambucano foi peça essencial naquela campanha, tendo em vista que marcou um gol, de falta, em pleno Monumental de Núñez, eliminando o River Plate na semifinal e garantindo o Cruzmaltino na final. Situação essa, que, no futuro, viria a se tornar uma música adorada pela torcida.

“Vou torcer para o Vasco ser campeão, São Januário meu caldeirão. Vasco, tua glória é tua história, é relembrar o expresso da vitória. Contra o River Plate, sensacional (gol de quem?), gol do Juninho, monumental”, diz a letra.

Mas, diferente do que muitos podem pensar, não parou por aí. Isso porque, na grande decisão, diante do Barcelona de Guayaquil, o Reizinho da Colina deu duas assistências, sendo peça chave da conquista da América. O meio-campista também marcou, posteriormente, um tento no Mundial de Clubes, em que o Vasco foi derrotado para o Real Madrid.

Em 1999, o atleta ajudou a conquistar “apenas” o Torneio Rio-São Paulo, competição de grande expressão até o começo do século. Depois, no ano seguinte, amargou algumas derrotas complicadas, como no Mundial, Torneio-Rio São Paulo e Estadual.

No entanto, continuou sendo peça importantíssima e, na Copa Mercosul de 2000, marcou gols e deu assistências naquela que foi uma das mais épicas conquistas da história do futebol. Depois de ganhar uma e perder outra do Palmeiras na final, o Vasco saiu perdendo por 3 a 0 na partida de desempate, mas, na volta do intervalo, a maior virada de todos os tempos aconteceu, dando o título ao time carioca, 4 a 3.

Vale ressaltar, inclusive, que na Copa João Havelange, que foi o Campeonato Brasileiro daquele ano, Juninho Pernambucano também foi peça importantíssima do título, marcando gols e dando assistências em fases decisivas, inclusive na final. Naquela decisão, inclusive, ficou marcada uma despedida emocionada de um dos maiores jogadores da história do Vasco da Gama.

Saída conturbada

Juninho Pernambucano já era um dos grandes ídolos e principais jogadores do Vasco da Gama há anos, mas, mesmo assim, seguia com salário desvalorizado. Após uma tentativa de aumento nos valores não sucedida, uma batalha judicial acabou se iniciando, em um momento de surgimento da Lei Pelé que acabava com o sistema de “passe”.

Depois de seis meses sem acordo e com o meio-campista sem atuar, ele conseguiu uma liminar, enquanto o Olympique Lyonnais, mais conhecido como Lyon, acertava sua transferência sem custos. Na época, estima-se que o Cruzmaltino deixou de arrecadar R$ 62 milhões de reais com a saída do craque.

Retorno de Juninho Pernambucano ao Vasco da Gama

Em 2011, depois de passagem pelo Al-Gharafa, Juninho Pernambucano acabou retornando para o Vasco da Gama, mais de uma década após deixar o time e ir atuar no futebol francês, onde fez sucesso e história. Apesar de fazer parte de um elenco de peso, com grandes ambições naquele momento, o Juninho Pernambucano não repetiu o sucesso em títulos da primeira passagem.

Um dos grandes objetivos da época era a Copa Libertadores da América de 2012, onde a equipe era favorita. No entanto, o Vasco acabou caindo nas quartas, para o Corinthians, que foi campeão mundial naquele ano.

Na ocasião, um desmanche também fez com que a campanha não fosse tão boa no Brasileirão. No entanto, isso não impediu Juninho Pernambucano de brilhar. Ele marcou sete gols e distribuiu dez assistências, sendo um dos destaques daquela competição.

Em 2012, Juninho acabou não renovando e deixou o Vasco, mas não por muito tempo. Meio ano depois, retornou em um contrato que acabaria somente com a sua aposentadoria. Em 2014, atuou em sua última temporada profissional, anunciando sua aposentadoria no dia 29 de janeiro daquele ano. Naquele momento, o time se despedia de um dos maiores campeões de sua história.

Confira todos os títulos do Reizinho na Colina

  • Campeonato Brasileiro: 1997 e 2000
  • Campeonato Carioca: 1998
  • Taça Guanabara: 1998 e 2000
  • Taça Rio: 1998 e 1999
  • Copa Libertadores da América: 1998
  • Torneio Rio-São Paulo: 1999
  • Copa Mercosul: 2000
  • Troféu Bortolotti: 1997
  • Troféu Palma de Mallorca: 1995

Além disso, confira todos os prêmios individuais conquistados por Juninho Pernambucano com a camisa cruzmaltina:

  • Seleção do Campeonato Brasileiro: 1997
  • Bola de Prata: 2000